Quem quiser saber de mim
Tem que ter o coração aberto
Ser frugal, mas com alma de arlequim
Ter mistérios mas se deixar a descoberto.
Sou tantas em uma só
Que eu mesma não me reconheço
Muitas vezes choro de fazer dó
Outras, sou como o sol: radiante, amanheço!
Noutras tantas, sou como um rio em frente ao mar
Num impetuoso e caudaloso desaguar,
Filhote de pássaro querendo criar asas e voar
E nos momentos de solidão aprender a sonhar...
Dançarina vibrante nos cabarés da vida,
Danço nas ruas, na chuva, nas matas,
Vivendo emoções de maneira atrevida,
Distribuo amor como água em cascata...
Quem quiser saber de mim,
Que me queira assim, louca e inconstante,
Mas que venha, venha sim,
E caminhe comigo nessa vida errante...
(Sônia Maria Grillo)