16.7.08

Minha Fada Amarela

De tão doce ficou Melada

Ela mora longe de mim,

Mas meu pensamento e carinho

Estão junto dela.



Paty Padilha

Puxão de orelhas


Pobrezinha das fadinhas
Que alegres e "santinhas"
Sacudiam suas asinhas
Pelo bosque do amor

Mas a fada mafiosa
Acabou com a brincadeira
E com um verso encantado
Torceu-lhes a orelhas
rsssssssssssssss
fada melada

Minhas Fadinhas Amadas”


Seres de luz e transformação
Quando chegam tudo é alegria
As minhas irmãs fadinhas trazem
O pozinho cintilante da algazarra

Quando tem festa lá vão elas
Fada Amarela, Fada Ruiva, Fada Rosa
e agora a Fada Branca que chegou para nos ajudar
Reunimos-nos todas e dançamos no ar para
Trazer paz e alegria a criançada...

Eu Fada Azul a Chefa Mafiosa,
Que ajuda nas brincadeiras
Ando muito cansada pois as irmãs Fadinhas
Agora deram para namorar e tenho que viver
A procura delas
Elas pensam que mandam em si.

Mas me deram à chefia agora se comportem
Como Fada trazendo alegria....
E não só pensando nos namorados
Estou aqui para alegrar as crianças,
Adultos, velhos, bichinhos, borboletas...
Então me respeitem!
Vamos parar com este sumiço
E vamos trabalhar....
Fada também faz poesia.
(Graciela da Cunha)

Fada Azul

2.7.08

Fadas


Umas são moças e belas,
Outras velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos
Outras pelos arvoredos,
Outras à beira do mar...
Umas têm mando nos ares;
Outras, na terra, nos mares;
E tôdas trazem na mão
Aquela vara formosa,
A vara maravilhosa,
A varinha de condão.
Quantas vezes, já deitado, mas sem sono, inda acordado,
Me ponho a considerar.
Que condão eu pediria,
Se uma fada, um belo dia,
Me quizesse a mim fadar...
E que ámanhã acordasse
E me achasse... eu sei? Me achasse,
Feito um princípe, um emir!
Até já, imaginando,
Se estão meus olhos fechando...
Deixa-me já, já dormir.

Antero de Quental

Sardenta



“Tu nesse corpo completo,
Ó láctea virgem doirada!
Tens o linfático aspecto
Duma camélia melada.”
Cesário Verde







1.7.08

Serenata


Repara na canção tardia
que timidamente se eleva,
num arrulho de fonte fria.
O orvalho treme sobre a treva
e o sonho da noite procura
a voz que o vento abraça e leva.
Repara na canção tardia
que oferece a um mundo desfeito
sua flor de melancolia.
É tão triste, mas tão perfeito,
o movimento em que murmura,
como o do coração no peito.
Repara na canção tardia
que por sobre o teu nome, apenas,
desenha a sua melodia.
E nessas letras tão pequenas
o universo inteiro perdura.
E o tempo suspira na altura
por eternidades serenas.

Cecília Meireles